O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodevelopmental que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage socialmente e experimenta o mundo ao seu redor. É chamado de "espectro" porque engloba uma ampla gama de sintomas, habilidades e níveis de comprometimento.

Características principais do autismo

As características do autismo geralmente se manifestam em duas áreas principais:

1. Comunicação e interação social

Pessoas no espectro autista podem apresentar desafios em:

  • Compreensão e uso da linguagem verbal e não verbal
  • Iniciar e manter conversas
  • Compreensão de expressões faciais, tom de voz e ironia
  • Desenvolvimento e manutenção de relacionamentos
  • Compartilhamento de interesses e emoções

2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento

Estes podem incluir:

  • Movimentos corporais repetitivos (balançar, bater as mãos, girar)
  • Insistência na mesmice e resistência a mudanças
  • Interesses intensos e altamente focados
  • Respostas incomuns a estímulos sensoriais (luzes, sons, texturas)
  • Padrões rígidos de pensamento e comportamento
"O autismo não é uma doença, é uma forma diferente de processar informações e experimentar o mundo. Quando entendemos isso, podemos criar uma sociedade mais inclusiva para todos."

Graus do espectro autista

O autismo é classificado em três níveis de suporte necessários:

Nível 1: Requer suporte

Pessoas com autismo nível 1 podem ter dificuldades notáveis em situações sociais, mas são capazes de falar em frases completas e se comunicar. Podem ter dificuldade em iniciar interações sociais e dar respostas atípicas ou malsucedidas às aberturas sociais de outras pessoas.

Nível 2: Requer suporte substancial

Indivíduos com autismo nível 2 apresentam déficits sociais mais marcantes, mesmo com suporte. Têm dificuldade em mudar o foco ou a ação. Comportamentos restritos/repetitivos aparecem com frequência suficiente para serem óbvios ao observador casual.

Nível 3: Requer suporte muito substancial

Pessoas com autismo nível 3 têm graves déficits nas habilidades de comunicação verbal e não verbal. Muito raramente iniciam interações sociais e, quando o fazem, fazem abordagens incomuns apenas para atender a necessidades. Resistem ativamente às tentativas de redirecioná-los de um interesse fixo.

Diagnóstico e intervenção precoce

O diagnóstico do autismo geralmente ocorre na infância, embora alguns casos possam ser identificados apenas na vida adulta. A intervenção precoce é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e adaptativas.

Entre as abordagens terapêuticas mais comuns estão:

  1. Terapia comportamental
  2. Terapia da fala e linguagem
  3. Terapia ocupacional
  4. Intervenções educacionais especializadas
  5. Treinamento de habilidades sociais